Por Amauri Pollacci
Presidente da Máquina Vermelha e corintiano
Parece um signo cravado ao nascer. Cada conquista do Timão, só após uma escadaria a sofrer.
Essa equipe do penta foi obreira, sem um grande craque a luzir. Quem entrou em campo contribuiu com um ponto ou dois, valiosos e dourados. O peruano Ramires saiu das profundezas e descobriu um golzinho contra o Vozão. Adriano, ex-imperador, um só. Até Renan, ex-goleiro do Avaí, falhou em todas para mostrar quanto valor tem Júlio César, cria do terrão da alma corintiana que defendeu contra o Botafogo com dedo quebrado.
Zero por zero, foi o placar do vale-tudo contra o Palmeiras. Um desapaixonado amante do futebol - que não é o nosso caso - forçado a assisti-lo, ficaria revoltado a ponto de atirar pedras à tela, tamanha a fratura de futebol exposta no Pacaembu.
Deu muita, muita saudade do Doutor Magrão. Lembrar da alegria de espectador presente a alguns de seus feitos, do orgulho de ser corintiano quando ele vestia a 8. Neste domingo inteiro a beber de seus gols, de suas crenças, de seus princípios.
No dia de nova estrela, a maior emoção - aquela que segurou o pranto - foi a homenagem dos jogadores e da torcida, braços erguidos para o alto, faixas de gratidão ao grande ausente, luz na escuridão.
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