quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pela volta da insensatez ao futebol



Do Blog de André Barcinski*


Então Caio Ribeiro será o comentarista titular da Globo?

Não me afeta em nada. Faz anos que não assisto a esporte na TV aberta.


Não suporto ufanismo e me recuso a ver comentaristas chapa branca que não podem criticar o jogo para não irritar os patrocinadores.


Quando assisto a futebol na TV, gosto de ver o Mauricio Noriega. Sou fã do cara. Quando ele faz dobradinha com o Milton Leite, consegue a proeza de me fazer assistir até um jogo que não seja do Fluminense (escrevo isso vendo a dupla atuando no jogo do Santos na Libertadores).


Gosto também do Lédio Carmona, do PVC, do Arnaldo Ribeiro e do André Rizek. Curto a rabugice do Trajano e achei uma pena o Alex Escobar ter parado de comentar futebol.


Agora, se eu fosse diretor de uma emissora qualquer, promoveria a volta dos comentaristas-torcedores.


Acho que o jornalismo esportivo está bem comportado demais. Todo mundo é sensato e imparcial.


Quando eu me refestelo no sofá pra ver futebol, a última coisa que quero é sensatez e imparcialidade. A objetividade me entorpece.


Assistir o Caio Rivotril Ribeiro dizendo que o meio-campo do Ibitipoca sente a falta de Zacharias, seu homem de criação, ou que o técnico do Chupacabra precisa corrigir as falhas de cobertura da zaga, me botam pra dormir em cinco minutos.


Talvez eu seja uma exceção. Conheço muita gente que gosta de futebol e adora ouvir análises frias e objetivas sobre a partida.


Já eu, não. Gosto mais do meu time do que de futebol.


Entre assistir na TV a Fluminense x Madureira ou Barcelona x Real Madrid, fico com o clássico de Conselheiro Galvão, sem dúvida. Quero que o Messi e o Cristiano Ronaldo vão pro diabo que os carregue.


Semana passada estava no Rio e fui pela primeira vez ao Engenhão. Foi uma tragédia: o Fluminense jogou mal pacas, quase perdeu do Argentinos Juniors e tomou dois gols de cabeça de um tampinha de um metro e meio.


Gastei 150 reais entre ingresso, táxi e bebida; vi um jogo horroroso e cheguei em casa à 1h30 da manhã. Aliás, não vi jogo nenhum, porque pra ver alguma coisa no Engenhão, só com o telescópio Hubble.


O sujeito que projetou aquela desgraça deve odiar futebol. O campo fica a uns dois quilômetros da torcida.


Só uma coisa salvou a minha noite: na volta do jogo, o taxista ouvia os comentários de Gerson, o Canhotinha de Ouro. Ele dizia o seguinte:


“Gente, vamos fazer um cálculo aqui: o argentino anão tem um metro e meio. O Gum (zagueiro do Flu) tem quatro metros de altura, e o André Luís (outro zagueiro), tem oito metros de altura. O goleiro tem doze metros. Então como é que o anão de um metro e meio pode fazer dois gols de cabeça? Porra, o fêmur do André Luís é mais alto que o argentino! O fêmur!!!!”


Ouvir o Gerson trouxe lembranças de meu comentarista insensato predileto, João Saldanha (por favor, se alguém tiver alguma cena do Saldanha comentando a Copa de 86 da Rede Manchete, poste aqui).


Espero que minha memória não me engane – já se passaram 25 anos – mas lembro de duas cenas antológicas:


Brasil x Argélia.


Jogo horroroso, zero a zero até o meio do segundo tempo. Saldanha tá uma fera, só reclama do time. Telê manda Muller pro aquecimento. O locutor Paulo Stein pergunta:


“João, quem deve sair pro Muller entrar?”


“E eu sei lá?”, responde João, furibundo. “Porra, contra esse time aí? Sai qualquer um! Sai o Casagrande, sai o Sócrates, sai quem quiser! Sai até você, que fica aí me perguntando essas coisas!”


Nas quartas, contra a França, o jogo vai pros pênaltis. E Saldanha já começa a antecipar que Sócrates não deve bater o pênalti sem tomar distância da bola, como costumava fazer. “Até o Pelé pegava distância...”


Chega a vez do Doutor. Sócrates fica a dois passos da bola.


João prevê a tragédia: “Eu tô dizendo... pega distância! Não fica aí! Vai pra trás! Vai pra trás!”


O juiz apita. Sócrates dá um passinho de moça e bate. O goleiro pega.


Três segundos de silêncio...


“PALHAÇO!!! MOLEQUE!!! IRRESPONSÁVEL!!!


Paulo Stein diz... “Pppp...ooomba!”


E João retruca: “Pomba nada, é PORRA mesmo!


* http://andrebarcinski.folha.blog.uol.com.br/arch2011-02-13_2011-02-19.html

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A PROPÓSITO



“O futebol é um jogo, não uma brincadeira”.

(Jorge Gonzalez Cordero)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A REALIDADE DE DOIS MILIONÁRIOS



Dois pesos e duas medidas.
Rivaldo e Ronaldo.

Rivaldo, 38 anos, grande jogador, com baixo perfil em sua vida particular.

Ronaldo, 34 anos, grande jogador, mas com uma vida devassada por ele mesmo: boates, noitadas, motéis...

Rivaldo, 1,86 de estatura e 73 Kg. de peso.

Ronaldo, 1,83 de estatura e peso mantido em segredo absoluto.