terça-feira, 19 de abril de 2011

O PROCONCEITO É UMA M...

A entrevista do jogador de vôlei Michael à Folha confirma que há que ser verdadeiramente homem para reconhecer a condição gay. Mais ainda no âmbito esportivo e num país extremadamente machista e preconceituoso.



Muito oportuno o material enviado pelo maquiniano Nelson B Lima.



A seguir, a entrevista:





Folha - Como você se sentiu com as ofensas da torcida?



Michael - Fiquei constrangido. Já tinha acontecido antes, com grupos menores. Mas foi a primeira vez que vi um ginásio inteiro gritando em alto e bom som "gay, bicha". Foi por isso que me manifestei. Não tinha feito isso antes porque achava normal.



F.- Achava normal?



M - Normal não achava, mas eu ia brigar com 50 pessoas? São pessoas ignorantes. Mas, em Contagem, foi pior porque tinha até criança, senhora, muita gente gritando.



F - Foi uma iniciativa sua repercutir isso?



M - Minha e do Vôlei Futuro. Não sei se teria força para fazer isso sozinho. Eu queria falar sobre preconceito, mas, para isso, eu teria que me expor. Acho que isso tinha que ser feito. Não podia deixar passar. Já deixei passar muitas vezes, mas um ginásio inteiro... Eu tinha que falar.



F - É complicado se expor?



M - Não falo claramente que sou gay porque não tem necessidade, todo mundo sabe. Sei que tomei essa causa, mas não precisa ouvir da minha boca que eu sou gay.



F - Os jogadores te apoiaram?



M - Somos muito parceiros, até damos risada se algum cara ignorante me xinga. Mas, quando a torcida começou gritar, alguns me perguntaram se eu estava assustado. Eu disse que sim, mas, tudo bem, vamos jogar.



F - Os xingamentos interferiram no seu rendimento?



M - Sim, fiquei assustado. Eu tinha que jogar porque, se não jogasse, eu ia ficar derrotado. Tentei levantar a cabeça. Depois que acabou o jogo, fui para o vestiário, e um monte de gente veio atrás. Eu pensei: "Caramba, eu sou um monstro, então."



F - Você já sofreu algum preconceito de colegas ou técnicos?



M - Nunca. Se sofri, passou despercebido



quarta-feira, 6 de abril de 2011

ENFIM, NO BRASIL!!!


Deu no Blog do Juca Kfouri

Enfim, chega ao Brasil o livro do bravo jornalista inglês Andrew Jennings, livro que a FIFA quis proibir e que vendeu feito água pelo mundo afora: JOGO SUJO.


O livro estará disponível nas livrarias a partir desta segunda-feira, 11 de abril.


Custará, com 352 páginas, R$ 49,90.


E quem quiser se antecipar, uma dica: clique no sítio da Panda Books.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

FELIPÃO DECIDIU O SANTOS 0 X PALMEIRAS 1

Jorge González C. Sou santista declarado, mas não fico triste quando o meu time perde para outro que melhor jogou. O meu lado jornalista manda mais nesses casos.

Embora um empate tivesse sido um resultado mais justo, acho que o Palmeiras mereceu a vitoria.


Mereceu porque há um homem que consegue administrar os egos e as diferenças salariais existentes no seu elenco.


Esse homem chama-se Luiz Felipe Scolari.


Ele deixa claro para os seus comandados que as questões salariais devem ser discutidas e resolvidas nos escritórios do clube e não no campos de treinamento e jogos.


Felipão fala de frente de que ninguém e imprescindível no seu time. Aliás, o que ele sabe fazer é formar uma equipe no sentido lato da palavra. Isto é, entender o futebol como um esporte coletivo e não individual, embora as individualidades tenham o respeito que merecem.


Por isso deixou o Chelsea da Inglaterra, cultura que não entendeu a diferença entre Futebol e Marketing.


A propósito, e o Santos?


Mereceu a derrota porque sua principal figura, Ganso, tem a cabeça na Europa e nos milhões que, certamente, vai ganhar. Esqueceu que ontem tinha que ser futebolista e não marqueteiro. Porque Neymar foi bem marcado e sem violencia. E finalmente, embora não tenha jogado mal, o Peixe mereceu derrota porque careceu de uma figura fundamental no banco como Felipão.