sábado, 24 de dezembro de 2011

A MÁQUINA VERMELHA EM LIMA, PERU (Novembro, 2011)

Primeira parte

Por Marco A. García Ortiz

Introdução.


A Internacional Máquina Vermelha planejava faz muito tempo outro partido internacional
no intuito de manter a tradição futebolística sem fronteiras e difundir o logo Maquina
Vermelha, Brasil, em outros paises. Nesta ocasião, apresentou-se a oportunidade de jogar
em Lima (la ciudad de los reyes), capital do país andino, Peru. A viagem aconteceu no mês
de Novembro 2011, aproveitando-se o feriado do dia 15/11/2011, dia da consciência negra.
A decisão foi definida em Julho 2011 e muitos falaram e confirmaram que iriam, ao final
somente 7 entusiastas jogadores representariam à instituição futebolística que joga junta há
mais de três décadas. Incumbido nessa difícil tarefa, o peruano Marco Antonio, teve o
árduo, porém feliz, trabalho de liderar esse processo. Pouco a pouco os valentes
“maquianos” compraram as passagens e reservaram o hotel em Lima.


A representação “maquiana vermelha” finalmente tomou forma, sendo assim conformada:
o Airton (o lançador, o ex, o vitalício), o goleiro e presidente Amauri, o Gilmar - o pivô
partindo da 23 de maio, o artilheiro Bio, o desequilibrante Serginho, o “calmo e paciente”
Zezé, e o peruano Marco Antonio. Ainda o engenheiro Chaim e as senhoras e fieis
companheiras Martha, Francisca, Débora, Maria Inês e Rose completaram a
delegação brasileira em terras “incas”.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A MÃO ERGUIDA EM PUNHO



Por Rubens Barbosa
Centro-avante da Máquina Vermelha e palmeirense

Além de saudar os corintianos, que são fregueses do Palmeiras mas ontem resistiram bravamente num empate O x O, que os consagrou pentacampeões, o mais triste é perder uma pessoa como o Sócrates, que além de craque era um dos poucos jogadores e depois comentarista de esporte com posicionamentos democráticos e politicamente coerentes...Para mim, que sou palmeirense, o grande momento do clássico foi, sem dúvida, a homenagem que os jogadores e as crianças fizeram ao querido Doutor com o gesto que ele fazia ao fazer um gol (a mão esquerda erguida em punho, símbolo de luta e conquista de quem quer melhorar este mundo...)
Realmente foi uma perda irreparável e uma homenagem bem bacana, inclusive com faixas dedicando a ele o campeonato.

UM CAMPEONATO DEDICADO A UM GRANDE CAMPEÃO



Por Amauri Pollacci



Presidente da Máquina Vermelha e corintiano






Parece um signo cravado ao nascer. Cada conquista do Timão, só após uma escadaria a sofrer.



Essa equipe do penta foi obreira, sem um grande craque a luzir. Quem entrou em campo contribuiu com um ponto ou dois, valiosos e dourados. O peruano Ramires saiu das profundezas e descobriu um golzinho contra o Vozão. Adriano, ex-imperador, um só. Até Renan, ex-goleiro do Avaí, falhou em todas para mostrar quanto valor tem Júlio César, cria do terrão da alma corintiana que defendeu contra o Botafogo com dedo quebrado.



Zero por zero, foi o placar do vale-tudo contra o Palmeiras. Um desapaixonado amante do futebol - que não é o nosso caso - forçado a assisti-lo, ficaria revoltado a ponto de atirar pedras à tela, tamanha a fratura de futebol exposta no Pacaembu.



Deu muita, muita saudade do Doutor Magrão. Lembrar da alegria de espectador presente a alguns de seus feitos, do orgulho de ser corintiano quando ele vestia a 8. Neste domingo inteiro a beber de seus gols, de suas crenças, de seus princípios.



No dia de nova estrela, a maior emoção - aquela que segurou o pranto - foi a homenagem dos jogadores e da torcida, braços erguidos para o alto, faixas de gratidão ao grande ausente, luz na escuridão.

domingo, 30 de outubro de 2011

CONFISSÕES DE UM SÃOPAULINO, HOJE, SOFREDOR

São Paulo no chão


Por Jeferson Mattos

Da Redação do Blog da Máquina



É irônico que, passados quase 3 anos, meu time se encontre exatamente na posição que Muricy o deixou: no chão. Pior, sem perspectiva de se levantar. E não é por falta de jogadores. Apesar das recorrentes cagadas da Diretoria, o elenco tem qualidade suficiente pra decolar, mas para isso é preciso que algum "professor", pelo amor de Deus, uma vezinha só que seja, saiba identificar as características dos jogadores, em que posição eles rendem mais, para aí sim montar o time, isso sem que ninguém precise ser contratado ou dispensado. Estranho, não? Como assim?

Rememoremos: a Diretoria, antes das trocas deficitárias, contratou volantes à baciada (Leo Lima, Arouca, Cleber Santana, Carlinhos Paraíba e mais alguns que nem lembro mais, isto tendo Hernanes e mais alguém que não me recordo à disposição, Wellington e Casemiro prontinhos na base), e vocês sabem, fartura numa posição, quando não há ninguém que se destaque, é pobrema pro técnico, problema que se acentua pela incapacidade, já citada, em reconhecer a singularidade do boleiro, incapacidade que faz com que jogador de inegável qualidade, como Cleber Santana p.ex., seja crucificado por não conseguir armar o jogo. Mas quem disse que ele é armador? Sempre foi volante, não tem nem cacoete de armador. Muricy preteriu Borges em favor de Washington, Junior Cesar e volantes em favor de Richarlyson, Arouca em favor de alguém menos votado, enterrou dezenas de laterais-direito, queimou Dagoberto (só recentemente teve tranquilidade pra jogar), pôrra, e ainda tem gente que fala que o cara é vencedor, esquecendo-se de que quem joga é o jogador, o técnico é fundamental quando não consegue atrapalhar. Olha aquele Ricardo Gomes. Meu, como é que pode um cara, tendo sido o jogador que foi, rodado pelo globo, não saque nada, nadinha das tais características do jogador? Dagoberto na esquerda não existe (fecha sempre pro meio, não faz combinação nenhuma com o ala), Marlos na ponta direita não existe, o mesmo acontecendo com Lucas, que é... que é... ponta-de-lança, isto mesmo, aquele que parte do meio-campo com a bola dominada pra combinar com o centro-avante, acionar os alas. Por falar em alas, meu Deus, a quanto tempo eu não vejo isto no meu time. Não há esforço físico que possa compensar a bagunça tática. Os "professores" armam o time com 3 zagueiros de centro pra enfrentar times médios sul-americanos... em casa, quando há mais chances de se fazer bom resultado; armam o time com 3 volantes e 3 atacantes; armam o time com 2 volantes e 4 atacantes (Lucas, Marlos, Dagô e Luis Fabiano, no último desastre) num contexto moral e físico (casa do adversário) totalmente adverso. Eu, que gosto demais de 3 armadores (e o São Paulo tem: Rivaldo, Cícero, Carlinhos, que arma o jogo sim, chuta muito bem, além de defender maravilhosamente - só isso, e o Muricy nem sabia que ele existia...) e só 1 na frente, fico me retorcendo na cadeira vendo a total impossilidade de criação de jogadas ou de outra coisa que não seja o Deus dará, já que os alas do time não foram apresentados à linnha-de-fundo. Assim fica difícil. O choque que Juvenal queria dar com a contratação daquela besta, devia dar no seu rabo - é sacanagem atirar sobre as costas dos jogadores o peso da vergonha causada pela inépcia de diretores e incompetência de treineiros.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

FILPO NUÑEZ, O ARGENTINO DT DO PALMEIRAS E DA SELAÇÃO BRASILEIRA

¿Un argentino en la selección de Brasil? ¡Vade retro, Satanás! Cuando se supo que Sergio Escudero podía nacionalizarse para jugar en el equipo de Dunga, más de uno puso el grito en el cielo. El mismo país futbolero que se banca, hasta con orgullo, que Camoranesi brille en Italia, que Franco grite goles para México o que Santana raspe en el mediocampo de Paraguay, no parece dispuesto a digerir que el ex lateral de Argentinos, hoy en Corinthians, se ponga la verdeamarelha ni por todo el oro del mundo.



¿Qué dirían esos mismos argentinos si un entrenador connacional –cualquiera en el arco comprendido entre el formalismo de Russo y la pirotecnica mediática de Caruso Lombardi- se calzara el buzo de la CBF para digitar las tácticas y estrategias del Scratch? No dirían nada porque es imposible que suceda, pensará usted. Pero ya sucedió. Sí, ¡ya sucedió!



El 7 de septiembre de 1965, en el estadio Mineirao de Belo Horizonte, el argentino Nelson Filpo Núñez (de oculos escuros no meio da foto, em pé) dirigió a la selección brasileña que venció 3-0 a Uruguay en un partido amistoso. De este modo, se convirtió en el único técnico extranjero que registra la historia de Brasil. Filpo Núñez fue el entrenador número 40 del Scratch y ejerció la función con un 100% de efectividad, ya que estuvo en el cargo un solo día. El día del partido.


Poco conocido en nuestro medio, Filpo desarrolló casi toda su carrera en el país vecino. Autodefinido como un “mal jugador”, vistió la camiseta de Estudiantil Porteño en 1935 y luego pasó a Acasuso, finalizando su campaña precozmente a causa de una lesión. Se inició como DT en Independiente de Mendoza, allá por 1948, y luego trabajó en Vélez y Lanús, preámbulo de sus excursiones al frente de equipos de Ecuador, México, Venezuela y Portugal. Pero el gran reconocimiento le llegó en Brasil, donde dirigió a equipos importantísimos durante tres décadas: Cruzeiro, Vasco, Palmeiras, Corinthians... Por sus manos pasaron estrellas notables como Garrincha, Djalma Santos, Rivelino, Tostao, Dirceu, Ze María y Orlando.



¿Cómo llegó a dirigir a Brasil por un día? Simple. La CBF decidió que Palmeiras, el mejor equipo del momento, representara a Brasil en aquel amistoso contra los uruguayos. Y como Filpo Núñez era el DT de los verdes, automáticamente se transformó en el DT del Scratch.



César Luis Menotti supo ser uno de sus amigos más entrañables. “En Brasil, este muchacho es Gardel”, solía decir el Flaco. Será por eso que, al menos por un día, a Brasil lo dirigió Gardel.



Publicado el 04 de Marzo de 2009 por Elías Perugino






terça-feira, 30 de agosto de 2011

PARA PALMEIRENSES E CORINTIANOS QUE VIVEM BRIGANDO, O MACACO SIMÃO FEZ HOMENAGEM




E o Corinthians na liderança é igual uma vaca em cima da árvore. Ninguém sabe como foi parar lá, mas todo mundo sabe que vai cair! Rarará!


terça-feira, 23 de agosto de 2011

CONVOCAÇÃO #MEIOCAMPO #FORARICARDOTEIXEIRA

O Blog da Máquina se adere à campanha.

O jogo só acaba quando o juiz apita, e neste momento a partida continua.

É o torcedor brasileiro mostrando a força do grito #FORARICARDOTEIXEIRA.

E com toda a certeza, não deixaremos a Copa entregue a própria sorte, mas com a ajuda de todos, iremos fazer a diferença e marcar mais esse golaço pelo Brasil!

Mais do que um movimento pela transparência administrativa nesta instituição, o que buscamos é fazer com que este assunto não seja, MAIS UMA VEZ,
abafado por aqueles que tiram proveito da falta de informação de todos nós brasileiros.

Convocamos a todos para o reforço no meio-campo.

Aliste-se!

Convoque os seus amigos, divulgue o movimento, entre para o time e faça parte dessa históra.

CONVOCAÇÃO

A zero hora de quarta-feira, dia 24/08 começará a convocação popular, vamos mostrar que o brasileiro está de olho no que o senhor Ricardo Teixeira está aprontando dentro e fora das quatro linhas na Confederação Brasileira de Futebol.

Como participar:

No Twitter:
Divulgando o link: http://foraricardoteixeira.com.br/meiocampo
Divulgando as hashtags #MEIOCAMPO #FORARICARDOTEIXEIRA
Convocando seus amigos para participar do MEIOCAMPO
Seguindo e divulgando os perfis @foraoficial e a fan page #FORARICARDOTEIXEIRA http://on.fb.me/qazU7r

Participe. Divulgue. Contamos com você!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A MÁQUINA EM ITU


Texto: Amauri Pollachi
Foto: Mineiro


Apenas um breve relato do jogo realizado em Itu. Campo do Corsi FC, de gramado muito bom, em área rural.

Infraestrutura de vestiário era precária e o bar com pouca cerveja.

Alguns perdidos pelo caminho, tomaram direção de Osasco, Ibiúna, etc.

Os adversários (Barão Flor de Lis) com cerca de 15 anos abaixo da nossa média, alguns de 30, e aparentando bom preparo físico.

Começamos com Amauri; Lugão, Marcão, Aviro e Nilsinho; Paulinho, Ricardo, Serginho e Airton; Jaime e Zezé. No banco e no segundo tempo, Kid, Zélins, Bio, Pedrinho e Silvestre, além do DT enrustido Magrão, do patrocinador Montanha, do fotógrafo Mineiro e do ilustre visitante Plínio. Também compareceram, embora sem assistir ao jogo, Francisca, Débora e Maria Inês.

Primeiro tempo zero a zero, com os adversários voando por sobre os laterais, graças à enorme diferença de idade e preparo. A defesa funcionou bem e evitamos a vantagem do time da casa, que teve pelo menos seis oportunidades de marcar. Também tivemos três chances claras de gol, evitadas pela trave e por zagueiros sobre a risca.

O segundo tempo foi um sufoco intenso. O adversário marcou forte a saída de bola, conseguiu quase duas dezenas de escanteios, uma dezena de chutes a gol e outro tanto para fora.

Na única grande chance desse período, aos 35, Jaime matou a bola em cruzamento de Serginho e tocou no canto alto direito da meta adversária. E tome mais uma seqüência de sufoco e pressão até o apito final aos 45, para desespero dos adversários que não acreditavam no placar.

UM a ZERO.

Foi bom prá caramba !!! A Máquina Vermelha segue invicta em 2011. Parabéns a todos que jogaram: a determinação e a concentração foram as marcas de nossa atuação. À equipe técnica que torceu desesperadamente à beira do gramado, nossos agradecimentos.

Valeeeeuuu!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A MÁQUINA ESTEVE NA ILHA BELA





Repentinamente, ao se inteirar da presença de velhos representantes da Máquina Vermelha na famosa Ilha Bela, em São Paulo, praticantes do esporte bretão da região não hesitaram em desafiar para uma pelada. Foi na sexta-feira, 17 de junho última.



Assim, devida e rapidamente autorizados desde SP pela presidência da MV, Catolé, Peninha, Serginho e Jorginho, entraram no gramado para demonstrar e justificar os motivos pelos quais a Máquina possui a fama internacional.



Como as condições físicas não eram das melhores, infelizmente não se conseguiu uma vitoria; no primeiro jogo, os locais marcaram 5 tentos e os maquinianos fizeram 4; já na segunda partida, a MV esteve à frente do marcador permanentemente, até ceder o empate no último segundo e quando a noite já tomava conta da paisagem. O resultado final foi 5 x 5.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

SANTOS COM ESPÍRITO DE CAMPEÃO

Libertadores não é para dar prioridade ao jogo bonito (embora seja ótimo se isso acontecer) mas, sim, para procurar o resultado necessário (embora a vitoria seja sempre boa). O Santos jogou com espírito de campeão: serio, administrando o nervosismo (o próprio e o do adversário) e, principalmente, a bola.


Agora, no Pacaembu, e m São Paulo, com a mesma seriedade, poderá recuperar a alegria futebolística que, pelas circunstâncias, perdeu em Montevidéu.


Só depende de si para ser tri campeão do torneio interclubes mais antigo do mundo.


Força Peixe!!!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

SANTOS CAMPEÃO!!!







Uma feliz e justa homenagem do Blog da Máquina ao legitimo campeão.

A máxima de que "no futebol não há lógica”
foi devidamente desclassificada.

Ganhou o melhor: SANTOS!!!!

Lógico!

sábado, 14 de maio de 2011

O corvo e o Viagra do Vozão na Terra do Sol



(Ou a Arte de Secar)




Por Xico Sá (do UOL)

Tem gente que não entende a missão do meu estimado corvo Edgar,6,no mundo. Nossa, quantos flamenguistas bravos ontem com a ave agourenta no twitter.



Ficar bravo, aliás, tudo bem. "É do juego", como diz el cuervo quando se dana a falar em portunhol selvagem, seu idioma preferido.



Não pode é fazer de qualquer rodada de futebol uma guerra de preconceitos e chutes de xenofobia explícita na canela, como está ocorrendo neste exato momento nas redes sociais. Ainda mais por parte dos rubronegros cariocas, que contam lindamente com uma massa fanática em todos os rincões do Brasil.



Voltemos ao Edgar. O corvo, como ia dizendo, é o maior secador do planeta, criado à base do xerém da intriga, peçonhento que aparece na minha crônica toda sexta-feira -na versão impressa da Folha- e que também dá uma pinta aqui no blog na madruga da quinta dos infernos.



Na semana passada "Never More", como também é conhecido, fez o estrago.Tirou brasileiros da Libertadores e espalhou um rastro de agouro em nossas floridas várzeas. Deu o bis agorinha: pôs um Viagra na caneca do Vozão, que eliminou o seu primo pobre Ubaldo (viva eternamente o Henfil!), o genial urubu rubronegro.



Não que o Vovó deixasse de ter seus méritos e um embornal de catuaba trazido lá dos sertões dos Inhamuns. É que a sua bengala ficou meio bamba naqueles dois gols de cara no abafa do Mengo.



No que o corvo esqueceu o seu bordão do "Nunca Mais" e disse: "Levanta, Vozim, num seja abestado de perder o melhor da festa da Copa do Brasil".



E fez-se a luz na Terra do Sol.



É, amigo de qualquer parte, a arte de secar é o que importa. Porque a vida é mata-mata, daqui ninguém sai vivo, ninguém escapa.



Apenas para os bem-nascidos e bem-planejados a vida é de pontos corridos.



Este é um blog de quem torce, mas sobretudo é dos secadores.



Torcer, vá lá, tem seu valor; mas bom mesmo é secar.



Eu seco, tu secas, ele seca.



Nunca se secou tanto no Brasil. Lugares como Rio e SP, nem se fala. Cidades partidas ao meio, como o Visconde de Calvino. Os que torcem e os que secam.



Não basta fazer a sua parte, tem que botar o olho grande no time do próximo. O mais doce dos pecados ludopédicos.



Gozar com o falo alheio, como diria o amigo Sigmund, dando requintes intelectuais à psicanálise de boteco, é melhor que o gozo próprio. Ô, se é!



Secar é não saber sequer o nome de quem marcou o gol do Ceará que eliminou o poderoso Flamengo.



Secar é contra é sempre a favor do mais fraco. Nem que seja o mais fraco segundo o juízo da mídia.



Secar é relax. Se não está dando certo, mudamos de canal e secamos o outro jogo. Meu melhor dia, minha virtuose de secador profissional foi num histórico Náutico 0 x 1 Íbis. Com direito a perder pênalti e tudo.



Nos Aflitos.



O pênalti, aliás, é o êxtase do secador. Ele chega a se adiantar, no estádio ou no sofá, junto com o goleiro. Ele abre os braços, provoca, fala mal da mãe do cobrador bem ao pé do ouvido... Todo secador que se preza adivinha até o canto.



Torcer é brega, é lacrimoso.



Secar é chique. Très-chiquè, como diria um justíssimo marroquinho queimador de carros em Paris.



Secar é... ser cricri e demasiadamente humano.



O mais doente torcedor corintiano de domingo pode virar, compulsoriamente, o mais convicto secador da próxima quarta. Secar é não precisar suar frio, secar é elegante, democrático, discreto, não tem aquela coreografia ridícula do torcedor aflito, secar é ser o vilão, não o bonzinho, secar é a grande arte.





sábado, 7 de maio de 2011

O CRAVO NÃO BRIGOU COM A ROSA









São determinações do Ministério da Educação!


E como ficam as nossas tradições?

























Vejam que interessante...sobre o excesso de tato nas questões de indução ao preconceito.














Texto de Luiz Antônio Simas

Chegamos ao limite da insanidade da onda do politicamente correto.


Soube dia desses que as crianças, nas creches e escolas, não cantam mais O cravo brigou com a rosa. A explicação da professora do filho de um camarada foi comovente: a briga entre o cravo - o homem - e a rosa - a mulher - estimula a violência entre os casais. Na nova letra "o cravo encontrou a rosa debaixo de uma sacada/o cravo ficou feliz /e a rosa ficou encantada".

Que diabos é isso? O próximo passo é enquadrar o cravo na Lei Maria da Penha.
Será que esses doidos sabem que O cravo brigou com a rosa faz parte de uma suíte de 16 peças que Villa Lobos criou a partir de temas recolhidos no folclore brasileiro?

É Villa Lobos, cacete!

Outra música infantil que mudou de letra foi Samba Lelê. Na versão da minha infância o negócio era o seguinte: Samba Lelê tá doente/ Tá com a cabeça quebrada/ Samba Lelê precisava/ É de umas boas palmadas. A palmada na bunda está proibida. Incita a violência contra a menina Lelê. A tia do maternal agora ensina assim: Samba Lelê tá doente/ Com uma febre malvada/ Assim que a febre passar/ A Lelê vai estudar.

Se eu fosse a Lelê, com uma versão dessas, torcia pra febre não passar nunca. Os amigos sabem de quem é Samba Lelê? Villa Lobos de novo. Podiam até registrar a parceria. Ficaria assim: Samba Lelê, de Heitor Villa Lobos e Tia Nilda do Jardim Escola Criança Feliz.

Comunico também que não se pode mais atirar o pau no gato, já que a música desperta nas crianças o desejo de maltratar os bichinhos. Quem entra na roda dança, nos dias atuais, não pode mais ter sete namorados para se casar com um. Sete namorados é coisa de menina fácil.
Ninguém mais é pobre ou rico de marré-de-si, para não despertar na garotada o sentido da desigualdade social entre os homens.

Dia desses alguém [não me lembro exatamente quem se saiu com essa e não procurei a referência no meu babalorixá virtual, Pai Google da Aruanda] foi espinafrado porque disse que ecologia era, nos anos setenta, coisa de viado. Qual é o problema da frase? Ecologia, de fato, era vista como coisa de viado. Eu imagino se meu avô, com a alma de cangaceiro que possuía, soubesse, em mil novecentos e setenta e poucos, que algum filho estava militando na causa da preservação do mico leão dourado, em defesa das bromélias o u coisa que o valha. Bicha louca, diria o velho.

Vivemos tempos de não me toques que eu magôo. Quer dizer que ninguém mais pode usar a expressão coisa de viado ? Que me desculpem os paladinos da cartilha da correção, mas isso é uma tremenda babaquice. O politicamente correto é a sepultura do bom humor, da criatividade, da boa sacanagem. A expressão coisa de viado não é, nem a pau (sem duplo sentido), ofensa a bicha alguma.

Daqui a pouco só chamaremos o anão - o popular pintor de roda-pé ou leão de chácara de baile infantil - de deficiente vertical . O crioulo - vulgo picolé de asfalto ou bola sete (depende do peso) - só pode ser chamado de afrodescendente. O branquelo - o famoso branco azedo ou Omo total - é um cidadão caucasiano desprovido de pigmentação mais evidente. A mulher feia - aquela que nasceu pelo avesso, a soldado do quinto batalhão de artilharia pesada, também conhecida como o rascunho do mapa do inferno - é apenas a dona de um padrão divergente dos preceitos estéticos da contemporaneidade. O gordo - outrora conhecido como rolha de poço, chupeta do Vesúvio, Orca, baleia assassina e bujão - é o cidadão que está fora do peso ideal. O magricela não pode ser chamado de morto de fome, pau de virar tripa e Olívia Palito. O careca não é mais o aeroporto de mosquito, tobogã de piolho e pouca telha.

Nas aulas sobre o barroco mineiro, não poderei mais citar o Aleijadinho. Direi o seguinte: o escultor Antônio Francisco Lisboa tinha necessidades especiais... Não dá. O politicamente correto também gera a morte do apelido, essa tradição fabulosa do Brasil.

O recente Estatuto do Torcedor quer, com os olhos gordos na Copa e 2014, disciplinar as manifestações das torcidas de futebol. Ao invés de mandar o juiz pra putaqueopariu e o centroavante pereba tomar no olho do cu, cantaremos nas arquibancadas o allegro da Nona Sinfonia de Beethoven, entremeado pelo coro de Jesus, alegria dos homens, do velho Bach.

Falei em velho Bach e me lembrei de outra. A velhice não existe mais. O sujeito cheio de pelancas, doente, acabado, o famoso pé na cova, aquele que dobrou o Cabo da Boa Esperança, o cliente do seguro funeral, o popular tá mais pra lá do que pra cá, já tem motivos para sorrir na beira da sepultura. A velhice agora é simplesmente a "melhor idade".

Se Deus quiser morreremos, todos, gozando da mais perfeita saúde. Defuntos? Não.
Seremos os inquilinos do condomínio Cidade do pé junto.

Abraços,
Luiz Antônio Simas

(Mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor de História do ensino médio).











































































terça-feira, 19 de abril de 2011

O PROCONCEITO É UMA M...

A entrevista do jogador de vôlei Michael à Folha confirma que há que ser verdadeiramente homem para reconhecer a condição gay. Mais ainda no âmbito esportivo e num país extremadamente machista e preconceituoso.



Muito oportuno o material enviado pelo maquiniano Nelson B Lima.



A seguir, a entrevista:





Folha - Como você se sentiu com as ofensas da torcida?



Michael - Fiquei constrangido. Já tinha acontecido antes, com grupos menores. Mas foi a primeira vez que vi um ginásio inteiro gritando em alto e bom som "gay, bicha". Foi por isso que me manifestei. Não tinha feito isso antes porque achava normal.



F.- Achava normal?



M - Normal não achava, mas eu ia brigar com 50 pessoas? São pessoas ignorantes. Mas, em Contagem, foi pior porque tinha até criança, senhora, muita gente gritando.



F - Foi uma iniciativa sua repercutir isso?



M - Minha e do Vôlei Futuro. Não sei se teria força para fazer isso sozinho. Eu queria falar sobre preconceito, mas, para isso, eu teria que me expor. Acho que isso tinha que ser feito. Não podia deixar passar. Já deixei passar muitas vezes, mas um ginásio inteiro... Eu tinha que falar.



F - É complicado se expor?



M - Não falo claramente que sou gay porque não tem necessidade, todo mundo sabe. Sei que tomei essa causa, mas não precisa ouvir da minha boca que eu sou gay.



F - Os jogadores te apoiaram?



M - Somos muito parceiros, até damos risada se algum cara ignorante me xinga. Mas, quando a torcida começou gritar, alguns me perguntaram se eu estava assustado. Eu disse que sim, mas, tudo bem, vamos jogar.



F - Os xingamentos interferiram no seu rendimento?



M - Sim, fiquei assustado. Eu tinha que jogar porque, se não jogasse, eu ia ficar derrotado. Tentei levantar a cabeça. Depois que acabou o jogo, fui para o vestiário, e um monte de gente veio atrás. Eu pensei: "Caramba, eu sou um monstro, então."



F - Você já sofreu algum preconceito de colegas ou técnicos?



M - Nunca. Se sofri, passou despercebido



quarta-feira, 6 de abril de 2011

ENFIM, NO BRASIL!!!


Deu no Blog do Juca Kfouri

Enfim, chega ao Brasil o livro do bravo jornalista inglês Andrew Jennings, livro que a FIFA quis proibir e que vendeu feito água pelo mundo afora: JOGO SUJO.


O livro estará disponível nas livrarias a partir desta segunda-feira, 11 de abril.


Custará, com 352 páginas, R$ 49,90.


E quem quiser se antecipar, uma dica: clique no sítio da Panda Books.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

FELIPÃO DECIDIU O SANTOS 0 X PALMEIRAS 1

Jorge González C. Sou santista declarado, mas não fico triste quando o meu time perde para outro que melhor jogou. O meu lado jornalista manda mais nesses casos.

Embora um empate tivesse sido um resultado mais justo, acho que o Palmeiras mereceu a vitoria.


Mereceu porque há um homem que consegue administrar os egos e as diferenças salariais existentes no seu elenco.


Esse homem chama-se Luiz Felipe Scolari.


Ele deixa claro para os seus comandados que as questões salariais devem ser discutidas e resolvidas nos escritórios do clube e não no campos de treinamento e jogos.


Felipão fala de frente de que ninguém e imprescindível no seu time. Aliás, o que ele sabe fazer é formar uma equipe no sentido lato da palavra. Isto é, entender o futebol como um esporte coletivo e não individual, embora as individualidades tenham o respeito que merecem.


Por isso deixou o Chelsea da Inglaterra, cultura que não entendeu a diferença entre Futebol e Marketing.


A propósito, e o Santos?


Mereceu a derrota porque sua principal figura, Ganso, tem a cabeça na Europa e nos milhões que, certamente, vai ganhar. Esqueceu que ontem tinha que ser futebolista e não marqueteiro. Porque Neymar foi bem marcado e sem violencia. E finalmente, embora não tenha jogado mal, o Peixe mereceu derrota porque careceu de uma figura fundamental no banco como Felipão.

quarta-feira, 30 de março de 2011

A PALAVRA DO DT DA MÁQUINA EM SÃO CARLOS-79

Depoimento sincero do treinador Enio Pinto de Almeida.

Estudei na Federal de São Carlos 1974-75, mas mantinha amizades maiores com o pessoal do alojamento da USP. Nos finais de tarde as peladas eram obrigatórias. Muitos que moravam lá faziam parte do time de futebol da faculdade. Em 1979 já estudava na USP em São Paulo e participei ativamente da campanha pela Anistia. O Catolé e o Chaim eram militantes da Libelú. Eu, o Pena, éramos simpatizantes (acho que o Paulé e o Nilsinho também) e vivíamos fazendo bancas, coletando assinaturas. Foi dessa campanha que nasceu a idéia de fazer um jogo. Pintou então a oportunidade de realizarmos em São Carlos, no campo da cidade, esse jogo. Na época, estudava na História- USP, o Paulo ( conhecido como Paulo Kolynos), que se ofereceu para nos levar ( ele tinha um ônibus). Nos aprontamos, mas, no último momento ele apareceu e com uma milonga de que o ônibus tinha encrencado,..... enfim, nos deixou na mão. Além da equipe, outras pessoas também iam participar do evento como torcida. Acabamos formando dois grupos: uns optaram pelo ônibus e outros pelo trem. O ônibus foi, obviamente, mais rápido. Quando a turma do trem chegou, os que lá já estavam levavam longe uma bebedeira e tanto. Pagamos a conta, fomos para o alojamento e para uma outra República, aonde deveriam ficar as garotas. Deixamos as malas e partimos para uma outra bebedeira, madrugada a fora. Imaginem a condição dos alcoolatletas, na manhã seguinte, para o jogo. Logo no primeiro tempo o Sidney saiu e deitou na beira do gramado, passando mal, isso sem falar do Pena que exibia uma pujante cor verde pardacenta. Apesar dos pesares enfrentamos a equipe da USP -São Carlos de igual para igual. O primeiro tempo, se me lembro , terminou empatado ou com o placar de 2x1 para eles. O gol do Catolé foi no primeiro tempo e foi um golaço. Se cruzou a bola ou não, somente ele poderá dizer. Penso que não, uma vez que de onde chutou somente uma bola direta seria possível (de qualquer forma foi um gol antológico ). Quando voltamos para o segundo tempo, com um calor Saárico, a coisa degringolou. Os caras chegaram até a tirar par ou impar na nossa área para ver quem fazia o próximo gol (perdemos de 7x1). Não fizeram mais porque havia perdido a graça. Todavia o nosso propósito havia sido alcançado - A faixa pela Anistia havia sido estendida.

sexta-feira, 25 de março de 2011

MEMORIA: A MÁQUINA EM SÃO CARLOS-SP, 1979

Por Amauri Pollachi

Fotos em São Carlos, 1979 - jogo da anistia contra a Escola de Engenharia, onde jogava o irmão do Sócrates, Sóstenes (foto abaixo).

Segundo as testemunhas ele era tão bom quanto os manos.

Não estive nesse jogo, e sempre ouço controvérsias sobre o placar. Uns dizem que foi sete a um, outros seis a um, ou cinco a um. Talvez o Nilsinho possa esclarecer.

A única certeza é que o gol de honra foi anotado pelo Catolé, em um cruzamento que virou chute no ângulo... bem ao seu estilo inconfundível.

Pedido do Editor: Podem ajudar a identificar os jogadores da Máquina?

terça-feira, 22 de março de 2011

MÁQUINA 3 x SPAC 1


Por Amauri Pollachi

O resultado do jogo de domingo no SPAC espelhou a superioridade do escrete vermelho sobre os nobres anfitriões.

O invicto treinador Magrão estruturou o esquema 4-4-2 ante o plantel disponível, ontem desfalcado de vários titulares, escalando a Máquina com: Gatto; Lugão, Aviro, Vaca e Nilsinho; Paulinho, Serginho, João Jonas e Jaime; Beto e Gilmar. O primeiro tempo teve amplo domínio vermelho sobre os alvicelestes, com diversas oportunidades de gol disperdiçadas, principalmente por falhas de posicionamento e de referência no ataque. O primeiro gol, aos 20 minutos, foi anotado por JJ, após rebatida do goleiro em cobrança de falta de Serginho. Nos minutos finais do período, em um dos raros ataques que conseguiram penetrar a área da MV, o árbitro apontou um pênalti inexistente, convertido em forte chute no canto oposto de Gatto.

No segundo período adentraram o gramado Amauri, no lugar de Gatto e Lalo, no lugar de Gilmar. A defesa bem postada afastava com firmeza as tentativas de ataque adversário, que exigiu apenas uma defesa mais difícil do arqueiro rubro. Mais ofensiva, a Máquina pressionou até alcançar o segundo tento com uma bela conclusão de fora da área de JJ que pegou desprevenido e adiantado o goleiro do SPAC. O terceiro saiu de uma conclusão de Lalo da entrada da área. Com o resultado favorável, o time guardou-se mais na defesa e suportou bem a maior pressão dos donos da casa nos vinte minutos finais. Ainda entraram em campo, sem nota de participação, o dublê de técnico e 'jogador' Magrão e Gatto, improvisado de atacante devido à expulsão de Lalo. Não jogou, embora na foto com a camisa 9, o arquiveterano Santos, apanhado desprevenido nas proximidades do SPAC.

Estiveram presentes os fanáticos torcedores Bio, Sabiá, Miro (irmão do Beto e representante oficial da MV no Paraná), Russo e Airton (desta vez só como fotógrafo).

sexta-feira, 11 de março de 2011

Botafogo : João Saldanha e os jogadores cabeludos

A MÁQUINA EM RIBEIRÃO PRETO


Na imagem acima, o pessoal da Máquina Vermelha em viagem realizada a Ribeirão Preto nos idos da década de ´90 (se o blogueiro estiver equivocado, por favor...avisem), quando o vermelho da camisa combinava com o preto do cabelo e barba dos jogadores.

De esquerda para a direita, de cima para baixo: Paulé (olhando o caminho para o céu); Marcão e Dadá; Ricardo, Catolé, Carlinhos, Cezinha, Sabiá (vulgo Wilson Almeida), Jorginho e Jaime; Sergio (boliviano convidado, hoje treinador de futebol profissional em La Paz), Amauri, Nilsinho, Japa e Peninha.

Saudades.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pela volta da insensatez ao futebol



Do Blog de André Barcinski*


Então Caio Ribeiro será o comentarista titular da Globo?

Não me afeta em nada. Faz anos que não assisto a esporte na TV aberta.


Não suporto ufanismo e me recuso a ver comentaristas chapa branca que não podem criticar o jogo para não irritar os patrocinadores.


Quando assisto a futebol na TV, gosto de ver o Mauricio Noriega. Sou fã do cara. Quando ele faz dobradinha com o Milton Leite, consegue a proeza de me fazer assistir até um jogo que não seja do Fluminense (escrevo isso vendo a dupla atuando no jogo do Santos na Libertadores).


Gosto também do Lédio Carmona, do PVC, do Arnaldo Ribeiro e do André Rizek. Curto a rabugice do Trajano e achei uma pena o Alex Escobar ter parado de comentar futebol.


Agora, se eu fosse diretor de uma emissora qualquer, promoveria a volta dos comentaristas-torcedores.


Acho que o jornalismo esportivo está bem comportado demais. Todo mundo é sensato e imparcial.


Quando eu me refestelo no sofá pra ver futebol, a última coisa que quero é sensatez e imparcialidade. A objetividade me entorpece.


Assistir o Caio Rivotril Ribeiro dizendo que o meio-campo do Ibitipoca sente a falta de Zacharias, seu homem de criação, ou que o técnico do Chupacabra precisa corrigir as falhas de cobertura da zaga, me botam pra dormir em cinco minutos.


Talvez eu seja uma exceção. Conheço muita gente que gosta de futebol e adora ouvir análises frias e objetivas sobre a partida.


Já eu, não. Gosto mais do meu time do que de futebol.


Entre assistir na TV a Fluminense x Madureira ou Barcelona x Real Madrid, fico com o clássico de Conselheiro Galvão, sem dúvida. Quero que o Messi e o Cristiano Ronaldo vão pro diabo que os carregue.


Semana passada estava no Rio e fui pela primeira vez ao Engenhão. Foi uma tragédia: o Fluminense jogou mal pacas, quase perdeu do Argentinos Juniors e tomou dois gols de cabeça de um tampinha de um metro e meio.


Gastei 150 reais entre ingresso, táxi e bebida; vi um jogo horroroso e cheguei em casa à 1h30 da manhã. Aliás, não vi jogo nenhum, porque pra ver alguma coisa no Engenhão, só com o telescópio Hubble.


O sujeito que projetou aquela desgraça deve odiar futebol. O campo fica a uns dois quilômetros da torcida.


Só uma coisa salvou a minha noite: na volta do jogo, o taxista ouvia os comentários de Gerson, o Canhotinha de Ouro. Ele dizia o seguinte:


“Gente, vamos fazer um cálculo aqui: o argentino anão tem um metro e meio. O Gum (zagueiro do Flu) tem quatro metros de altura, e o André Luís (outro zagueiro), tem oito metros de altura. O goleiro tem doze metros. Então como é que o anão de um metro e meio pode fazer dois gols de cabeça? Porra, o fêmur do André Luís é mais alto que o argentino! O fêmur!!!!”


Ouvir o Gerson trouxe lembranças de meu comentarista insensato predileto, João Saldanha (por favor, se alguém tiver alguma cena do Saldanha comentando a Copa de 86 da Rede Manchete, poste aqui).


Espero que minha memória não me engane – já se passaram 25 anos – mas lembro de duas cenas antológicas:


Brasil x Argélia.


Jogo horroroso, zero a zero até o meio do segundo tempo. Saldanha tá uma fera, só reclama do time. Telê manda Muller pro aquecimento. O locutor Paulo Stein pergunta:


“João, quem deve sair pro Muller entrar?”


“E eu sei lá?”, responde João, furibundo. “Porra, contra esse time aí? Sai qualquer um! Sai o Casagrande, sai o Sócrates, sai quem quiser! Sai até você, que fica aí me perguntando essas coisas!”


Nas quartas, contra a França, o jogo vai pros pênaltis. E Saldanha já começa a antecipar que Sócrates não deve bater o pênalti sem tomar distância da bola, como costumava fazer. “Até o Pelé pegava distância...”


Chega a vez do Doutor. Sócrates fica a dois passos da bola.


João prevê a tragédia: “Eu tô dizendo... pega distância! Não fica aí! Vai pra trás! Vai pra trás!”


O juiz apita. Sócrates dá um passinho de moça e bate. O goleiro pega.


Três segundos de silêncio...


“PALHAÇO!!! MOLEQUE!!! IRRESPONSÁVEL!!!


Paulo Stein diz... “Pppp...ooomba!”


E João retruca: “Pomba nada, é PORRA mesmo!


* http://andrebarcinski.folha.blog.uol.com.br/arch2011-02-13_2011-02-19.html

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A PROPÓSITO



“O futebol é um jogo, não uma brincadeira”.

(Jorge Gonzalez Cordero)

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A REALIDADE DE DOIS MILIONÁRIOS



Dois pesos e duas medidas.
Rivaldo e Ronaldo.

Rivaldo, 38 anos, grande jogador, com baixo perfil em sua vida particular.

Ronaldo, 34 anos, grande jogador, mas com uma vida devassada por ele mesmo: boates, noitadas, motéis...

Rivaldo, 1,86 de estatura e 73 Kg. de peso.

Ronaldo, 1,83 de estatura e peso mantido em segredo absoluto.









quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

FELIZ ANO NOVO !!!


Maquinianos!!!
Vamos a estampar nossa estrela nessa camiseta!!!
Feliz 2011 para todos!!!