sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

UM NATAL CHEIO DE GOLS PRA TODOS!!!


Aos membros da Máquina Vermelha

Às companheiras e filhos e filhas dos maquinianos

E a todos os que nos visitam

O Blog da Máquina lhes deseja

Um Natal cheio de gols e felicidade

Felicidade para os que os fazem

E felicidade para os que os levam pra casa

Sábado a sábado

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

A DANÇA DO MOMENTO


No próximo sábado será realizada a Festa Anual da Máquina.
Atenção maquinianos, essa é a dança do momento.
Aprendam.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

ONDE ANDA A HONRA DE SER CAMPEÃO?


Desabafo?

Desculpa?

Ou justificativa salarial?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O TRIO DE LATA

JUCA KFOURI

Ao também não honrar sua camisa, o Palmeiras igualou-se aos rivais da capital


O TRIO DE FERRO enferrujou.

O processo começou no ano passado quando o Corinthians, para prejudicar São Paulo e Palmeiras que lutavam pelo título brasileiro, não fez a menor questão de dificultar a vida do Flamengo, que acabou campeão.

O troco veio na antepenúltima e na penúltima rodadas deste Brasileirão.

O São Paulo passou vergonha contra o Fluminense no domingo retrasado e o Palmeiras não lhe ficou atrás ontem, apesar de ter feito um gol literalmente fabuloso logo no começo da partida que levou como se fosse apenas coadjuvante do Flu.

Outra vergonha!

Vergonha que vai além de rivalidades, porque, lembremos, esses jogos fizeram parte da Loteria Esportiva, desmoralizada sim desde 1982, desimportante, mas ainda em vigor.

E o raro leitor perguntará pelas provas.

A resposta é clara: não as tenho, até porque o que os Pescarmona, Corcione, Kleber, Lenny disseram não serve nem para isso.

Mas mais do que provas, o jornalista vê, observa e, como não nasceu ontem e já perdeu a pureza faz tempo, afirma: o Corinthians foi vergonhoso no ano passado e não há o que justifique as declarações de Mano Menezes dia desses como se não tivesse nada com aquilo; o São Paulo do mesmo modo foi vexaminoso e o Palmeiras deu mais um passo em direção ao seu apequenamento, porque nem mais a camisa é capaz de honrar, porque parte de seus dirigentes desmoralizou a honestidade e outra nem está preocupada com isso.

Não foi à toa que um de seus ex-cartolas, sentindo-se traído ao ser alijado pela interinidade que se impôs no clube palmeirense, deixou recados gravados no celular do presidente convalescente desejando que este morresse no hospital pois se não seria morto ao sair.

Sim, nem Rogério Ceni no domingo retrasado nem Deola ontem jogaram como Felipe, no ano passado. Muito ao contrário. Foram dignos.

Mas não querer ver que o Palmeiras se assustou com o gol que achou e que tratou de se deixar agredir até estar perdendo e ainda não quis buscar a reação depois da virada, desculpe, mas é típico de avestruzes. Alguns, só alguns, amestrados.

Menos mal que tudo leva ao tetracampeonato de alguém que, para honrar seu compromisso, abriu mão do sonho de dirigir a seleção brasileira.

Muricy Ramalho merece o título.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

FELIPÃO, ENTRE A ETICA E A FARSA


As horas que faltam para o jogo de domingo entre Palmeiras e Fluminense não vão ser nada fáceis para Luiz Felipe Scolari.

Bom treinador, ele tinha tudo para manter-se afastado da sempre incomoda posição de ter que colocar seu time para vencer (como sempre deve ser) e ajudar o histórico adversário (Corinthians).

Colocar o time reserva, sob pretexto de ter que guardar o time titular para a Sulamericana, era uma saída honrosa e até ética para Felipão.

E agora?

VIEJO CON ARBOL*

Para todas as pessoas que perguntam o que é o futebol:

Uma grande resposta.

Vale a pena ver:



*O autor: Alfredo Roberto Fontanarrosa (Rosário, 26 de novembro de 1944 - 19 de julho de 2007) foi um escritor e cartunista argentino. Ele viveu e trabalhou em Rosário até a sua morte. Ele foi amplamente conhecido pelo apelido carinhoso de El Negro. Fontanarrosa começou sua carreira escrevendo e desenhando quadrinhos e tiras, tendo mais tarde escrito em narrativa com histórias curtas, especialmente sobre futebol.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

DA LAMA AO CAOS


Publicado no Blog do Juca.


Como corintiano, envergonhado pelo Corinthians x Flamengo de 2009, só posso dizer uma coisa para os "co-irmãos":


Bem-vindos à lama!!


Fellipe Elias, o autor da charge acima.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

OLHO X OLHO, DENTE X DENTE











Meio em broma, meio em serio vejam, em imagens (publicadas no Blog do Juca), a historia negra dentro e fora dos gramados do Brasil.


Como diria o velho e nem sempre politicamente correto Boris:


Isto é uma vergonha!!!









terça-feira, 16 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A VIGÊNCIA DA VELHA (E BELA) MÁQUINA








Todos partiram da mesma forma como chegaram: pouco a pouco.

Em grupos (que esperamos sejam circunstanciais).

Foram dias e horas de reencontro dos maquinários em e com terras e mares catarinenses que serviram, mas que para jogar uma partida de futebol, saber e conversar de coisas serias e saborear as bromas e piadas de cada um dos integrantes da Delegação.

Por isso, o 2 x 6 foi um resultado que pouco influiu no ânimo da gente.

Os motivos da derrota foram amplamente discutidos no íntimo do nosso vestiário, aliás, como deve ser.

O hotel muito bonito, o café da manhã e a bela piscina foram devidamente aproveitados.

Os que não foram, estiveram presentes quase sempre nas rodinhas de conversa, lembrados entre anedotas de futebol e cerveja na praia.

No geral, a presença da Máquina em Floripa-2010 foi, como sempre, agradável.

As imagens o dizem tudo.

Agradecer aos anfitriões e ao nosso representante Zé Geraldo.

Floripa-2011 vem ai!!!

sábado, 30 de outubro de 2010

FLORIPA 2010



Os maquinianos começaram a chegar pouco a pouco.

Aliás, o Peninha já estava desde quarta-feira como ele disse “esquentando os motores” junto com o amigo comum Gigio.

A propósito, o Magrão e o Carlinhos, quando este blogueiro chegou junto com o Gilmar, já estavam devidamente aquecidos, dava para notar de longe.

Aviro, Zezé, Airton, Chaim e o Bio, começavam a ligar os motores.

Não deu outra, estávamos entrando no ritmo da velha Máquina.

Mais tarde, fomos ao encontro da pizza do “Basilico”, onde se somaram o Serginho e o Lugão (fotos).

A noite foi maneira.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

LEMBRANDO É QUE SE VAI PRA FRENTE





Em vésperas de viagem da Máquina a Floripa-2010, vale a pena recordar algumas imagens de Floripa-2007.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

NORMAS PARA OS ATLETAS DA MÁQUINA NA CONCENTRAÇÃO EM FLORIANÓPOLIS





As comissões Técnica e Administrativa da Máquina Vermelha (CTMV e CAMV), preocupadas com o bem-estar dos atletas maquinianos, decidiram escolher um lugar humilde, porém tranqüilo, para sua concentração.

VISITAS À PRAIA

Fora os treinos, os atletas poderão aproveitar da natureza e intercambiar idéias a respeito da melhor forma de encarar mais um compromisso esportivo fora de São Paulo.

Visitas à praia do Campeche (por estar próxima) estarão liberadas, desde que autorizadas pela Comissão Médica (CMMV), embora o chefe dessa Comissão aconselhe somente banho de piscina para evitar o assedio da torcida.

ALIMENTAÇÃO

A chefe Nutricionista adiantou que de forma alguma será permitida à delegação a ingestão de alimentos fora da Concentração, pois, como já é habitual em viagens da MV, os alimentos estão sendo levados de São Paulo segundo o menu, devidamente balanceado, preparado pelo cozinheiro que habitualmente acompanha à Máquina em viagens ao interior e exterior do país. Assim, as refeições serão servidas no restaurante da “casa da Máquina” como passou a ser conhecido o Hotel São Sebastião (fotos).

VISITAS FAMILIARES

Por outro lado, o Chefe da Delegação e presidente da MV, Engº Dr. Amauri Jr., informou ao Blog da Máquina que não será permitida a visita de esposas, namoradas, parentes e filhos nos apartamentos, “pois o compromisso esportivo está por encima de qualquer outra necessidade”.

- Os atletas da Máquina estão mentalizados para mais esse sacrifício – concluiu o mandatário.

HORARIO DE DESCANSO E TELEFÔNES CELULARES

Finalmente, soube-se que os diretores da MV e o chefe da Segurança estão estudando o melhor horário para fechar as luzes e permitir os jogos recreativos; 22h00 ou 23h00 é a dúvida.

Em tempo, foi anunciado que o uso de telefones celulares estará proibido na concentração.

O Blog da Máquina estará informando hora a hora e dia a dia, a incursão da MV a Florianópolis com o enviado especial, Jorge Gonzales Cordero, e o correspondente em Santa Catarina, Zé Geraldo Filho. Acompanhem.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

QUE DIA NASCEU PELÉ



A equipe de reportagem da ESPN Brasil foi até a cidade natal do “Rei”, Três Corações, à procura do primeiro registro de vida de Pelé. Deise Cristina é advogada e oficial de registro da cidade. Ela mostra o registro de nascimento que gera polêmica.

No papel, Edson Arantes do Nascimento nasceu no dia 21 de outubro de 1940, mas o próprio Pelé diz que nasceu no dia 23 de outubro de 1940. Qual seria a explicação para tal diferença?

LIVRAÇO!


Do Blog do Juca
Um embate entre dois gigantes da literatura.

Lima Barreto contra o futebol que chamava de bolapé.

E Coelho Neto a favor.

A vitória é da inteligência e do bom humor nesta sensível pesquisa do professor Mauro Rosso.

O livro tem prefácio de João Máximo, orelha de Juca Kfouri e custa R$ 39.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

BOLAS NA URNA E VOTOS NA REDE



Publicado no Blog do Torero*

O futebol é uma metáfora universal. Serve para fazer comparações com guerra (“ataque”, “defesa”, “artilharia”, etc…), sexo (não vou falar em “penetrações” ou “entrar com bola e tudo” porque este é um blog de respeito), sobre a duração da vida (eu, por exemplo, sei que já estou no segundo tempo e torço por uma prorrogação) e até sobre política.

Hélio Costa, por exemplo, lembra o Atlético Mineiro: começou o ano com tudo e prometia um grande ano, mas todos viram que foi facilmente superado pelo rival.

Aliás, o Cruzeiro lembra a Marina: acabou a semana em terceiro na tábua de classificação, mas foi o grande vencedor da rodada (o que é ótimo, pois com a peessedebização do PT, é importante que surja algo diferente).

Continuando em Minas, Antonio Anastasia parece o América: Ninguém botava muita fé, mas ele está no G-4 da Série B e pode subir para a A em 2011. Aliás, sabem quem é o artilheiro do time? O velho Fábio Junior, que está em terceiro lugar na artilharia.

Mas mudemos de estado. Vamos a Pernambuco, onde Marco Maciel, conhecido torcedor do Santa Cruz, mostra que tem mais a ver com o seu time do que sonha a nossa vã sociologia. Ele não conseguiu se reeleger para o Senado, mesmo com duas vagas em jogo. E há um tempo atrás ele parecia invencível. Já o seu Santa Cruz, que participou da Série D este ano, caiu fora ao ser vencido pelo Guarany de Sobral, um time com, digamos, pouca tradição. Porém, diga-se que o Guarany cearense conseguiu entrar nas quartas-de-finais da Série D, eliminando o colorido Sampaio Correa.

Falando em colorido, Fernando Collor pode ser comparado ao Brasília, na Série D. Disputando a terceira fase do campeonato, o time do Distrito Federal saiu na frente ganhando por 3 a 0 do Araguaína. Mas tomou uma virada inacreditável e perdeu por 4 a 3. No jogo de volta, saiu ganhando por 1 a 0, mas tomou outra virada, desta vez por 2a 1. O Araguaína é uma espécie de Aloysio Nunes, que conseguiu uma virada totalmente inesperada, tirando Netinho do senado (o chato é que com isso ele volta a cantar).

Tasso Jereissati pode ser comparado ao Ceará. Os dois começaram bem nos seus campeonatos (o Ceará, lembram?, era vice-líder no tempo de PC Gusmão), mas Tasso acabou fora do senado e o Ceará está perto da zona do rebaixamento (se bem que empate com o Corinthians dá esperanças de que o time possa reagir).

Os candidatos ao governo da Paraíba Ricardo Coutinho e Zé Maranhão (ele não deveria disputar contra Roseana?) quase empataram em votos: 49,74% a 49,30%. Eles são como Coritiba e Figueirense na Série B, que vêm disputando a ponta a cada rodada.

Roriz é como o Grêmio Prudente. Ambos mudaram de nome. Um, de Joaquim para Weslian. Outro, de Barueri para Prudente. E os dois parecem que serão rebaixados.

Mercadante lembra a Ponte Preta. Chega perto mas não leva. Aliás, a Ponte vem em sexto lugar na Série B, quatro pontos atrás do quarto colocado.

Por fim, Dilma é o Fluminense, lidera mas pode perder a ponta para o Corinthians, que lembra muito o Serra: está em segundo lugar na tabela e é o queridinho da imprensa (pronto, já vi que corintianos e serristas vão me xingar. Tudo bem, mas poupem minha velha mãezinha, por favor).
Como se vê, futebol e política têm coisas em comum. Mas um nos alegra a vida, o outro, nem tanto.

http://blogdotorero.blogosfera.uol.com.br/geral/bolas-na-urna-e-votos-na-rede/

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O PEQUENO PRINCIPE



Os santistas e não santistas adoram o jogo do Neymar.

Mas devem achar que a diretoria do Santos fez muito mal ao optar pela dispensa do DT Dorival Jr.

O São Paulo FC agradece.

As imagens acima (publicadas no Blog do Juca) explicam tudo.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

O ATAQUE DE NOEL



Centenário de nascimento do compositor testa sua atualidade poética e mostra seu diálogo com movimentos de vanguarda literária

Por João Jonas Veiga Sobral*

Em seu primeiro sucesso, com menos de 20 anos, Noel Rosa anunciou a nova ordem do samba. “Agora vou mudar minha conduta / Eu vou pra luta / Pois eu quero me aprumar”. O compositor satiriza o hino nacional, ao torná-lo base da melodia e cantar as mazelas sociais em tom zombateiro.

Noel faz um registro dos reflexos da crise de 29 que abalou os EUA e chegou à sua Vila Isabel. A letra, estranha aos padrões da época, e seu manifesto social disfarçado em marchinha, contagiou o Rio. Com que Roupa? não é, no entanto, só o registro de uma época. É a síntese do olhar sensível do cronista para a vida e a malandragem carioca. “Seu português já deu o fora / Já foi-se embora / E levou meu capital / Abandonou quem tanto amou outrora / Foi no Adamastor pra Portugal / Pra se casar com uma cachopa”. Há um retrato malicioso do país e da consolidação da troca de favor, tratado com a picardia de poeta popular.

As canções do poeta, branco letrado de classe média, conciliavam as vertentes do samba da época, a da malemolência falada e sincopada, feita para blocos urbanos carnavalescos, e a tradição da batucada de morro, dançada em rodas como a da Casa de Tia Ciata. De espírito conciliador, compreendia que o samba não pertencia a um grupo ou a outro, a um tipo social único nem a um espaço geográfico preciso:
“O samba na realidade / Não vem do morro, nem da cidade / E quem suportar uma paixão, / Sentirá que o samba então, nasce no coração.”

“Batuque é um privilégio / Ninguém aprende samba no colégio../ Sambar é chorar de alegria / É sorrir de nostalgia / Dentro da melodia”.

Noel se defende de ataques à sua condição de bacharel e, sabedor do alcance do samba no rádio, evita associar o sambista à imagem de marginal. Buscava um diálogo fino entre artista e ouvinte. Sugeriu, por exemplo, a Wilson Batista que produzisse sambas sem o elogio clichê ao caráter marginal da malandragem. “Malandro é palavra derrotista / Que só serve pra tirar / Todo o valor do sambista”.

Duelo

Com Wilson travou um duelo musical (ver página 34) que lhe garantiu exercícios como Feitiço da Vila: “Quem nasce lá na Vila / Nem sequer vacila / Ao abraçar o samba / Que faz dançar os galhos, / Do arvoredo e faz a lua, / Nascer mais cedo.” A canção retoma sua concepção de valorizar o gênero aos olhos da elite. Com imagens próximas às da poesia, caras a esse segmento social, personifica (prosopopeia) elementos da natureza e provoca: “quem é bacharel não tem medo de bamba”.

Há quem veja, na referência dessa música ao samba “sem farofa, sem vela e sem vintém”, uma alusão pejorativa à macumba. Com a polêmica, Noel depurou sua visão sobre o papel do sambista como divulgador da cultura local, vide Palpite Infeliz. “Salve Estácio, Salgueiro, Mangueira, / Oswaldo Cruz e Matriz / Que sempre souberam muito bem / Que a Vila não quer abafar ninguém, / Só quer mostrar que faz samba também”. Tempos depois, a paz foi selada entre eles, que chegaram a compor juntos.

O confronto fortaleceu o olhar de Noel sobre suas ideias. Em X do Problema, ele discute a fidelidade à arte e a consciência de classe. “Eu sou diretora da escola do Estácio de Sá / E felicidade maior neste mundo não há / Já fui convidada para ser estrela / Do nosso cinema / Ser estrela é bem fácil / Sair do Estácio é que é / O 'x' do problema”.

Modernismo

Aos poucos, Noel ganhou o respeito dos sambistas e o reconhecimento popular. Sem contato direto com movimentos de vanguarda, ele fez, na música, a aproximação da poesia com a linguagem coloquial. Na literatura, Oswald de Andrade fazia o mesmo, como em Pronominais (“Deixa disso meu camarada / Me dá um cigarro”), e assim Manuel Bandeira, como em Evocação do Recife: (“Vinha da língua errada do povo / Língua certa do povo / Porque ela é que fala gostoso o português do Brasil”).

Noel foi propagador desses princípios caros ao Modernismo. Usava expressões da Lapa e da Penha e, em Não tem Tradução, mostrou-se consciente do debate metalinguístico: “Tudo aquilo que o malandro pronuncia / com voz macia / é brasileiro / Já passou de português”. Aqui, valoriza o samba e a variante popular do idioma. “O cinema falado é o grande culpado da transformação / Dessa gente que sente que um barracão prende mais que o xadrez / Lá no morro, seu eu fizer uma falseta / A Risoleta desiste logo do francês e do inglês / A gíria que o nosso morro criou / Bem cedo a cidade aceitou e usou”.

Não tem Tradução opõe-se à invasão cultural e alfineta quem, seduzido pela moda importada, abre mão da linguagem brasileira. Na gradação “nosso morro criou”, “a cidade aceitou” e “deixou de sambar”, se vê preocupado com a “mania de exibição”. Tenta resgatar a linguagem cotidiana, a ideia do malandro artista e do samba sem tradução. Faz um registro da vida moderna e das tradições locais.

Poema-piada

“Conversa de Botequim” é um poema-piada típico do Modernismo, rimando “vez” com número de telefone, usando elementos não poéticos (“Osório”, “escritório”, “guarda-chuva”, “bicheiro”) e descrevendo uma conversa coloquial bem ao gosto modernista: “Telefone ao menos uma vez / Para 34-4333 / E ordene ao seu Osório / Que me mande um guarda-chuva / Aqui pro nosso escritório”.

A canção traz um isomorfismo impecável: verbo e som juntos em um mesmo processo conceitual e melódico. “Um pão bem quente com manteiga à beça / Um guardanapo e um copo d'água bem gelado”. Aos versos sincopados e quebrados devido às aliterações de p, d, b, e t juntam-se a rapidez promovida pelas aliterações de g e m.

Já em “Gago apaixonado”, há um prolongamento das palavras num ritmo insólito e divertido, próximo dos poemas-piadas modernistas: “Mu-mu-mulher, em mim fi-fizeste um estrago / Eu de nervoso estou-tou fi-ficando gago / Não po-posso com a cru-crueldade da saudade / Que que mal-maldade, vi-vivo sem afa-fago”. O poeta usa a gradação da gagueira à medida em que se mostra mais tenso e apaixonado.

Como se vê nestas páginas, Noel foi assim, duro, terno, galhofo e elaborado. Num curto tempo, escreveu seu nome na MPB. Fez de seu lar e escritório o botequim e da vida cotidiana a mais pura poesia popular.

*João Jonas Veiga Sobral é professor de língua portuguesa, tutor educacional do Colégio Móbile e autor de Português Prático (Iglu). Nas horas vagas, bate uma bola com o pessoal da Máquina

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

terça-feira, 14 de setembro de 2010

TABELINHA ENVOLVENTE



Do Blog do Juca

Uma bela pesquisa, um texto envolvente que de música em música puxa o fio da meada para contar bem uma história que junta as duas coisas que nós, brasileiros, sabemos fazer melhor: música e futebol, futebol e música, difícil dizer em que ordem.

O autor, jornalista e pesquisador Assis Angelo (assisangelo@uol.com.br) quer tabelar com você.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A MÁQUINA EM FLORIANÓPOLIS







Para inspiração do pessoal que vai integrar a delegação esportiva da Máquina na próxima visita a Florianópolis.

Imagens do acervo do presidente Amauri registradas em anteriores visitas à Ilha .

A de cima é de 2007 e a de baixo de 2009.

Boa viagem.

sábado, 4 de setembro de 2010

SOBERANO


Consta que nos dez dias em que o trailer do filme do SPFC, Soberano, esteve disponível nos canais oficiais do You Tube, já teve mais de 130 mil visualizações.

O que supera o trailer de Fiel, que teve, até agora, 107 mil visualizações desde que foi lançado.

Fonte: Blog do Juca
http://www.youtube.com/watch?v=vDyF9h1E8Og

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

BÍBLIA DO CORINTIANO


Bíblia do Corintiano*

Lançamento reúne mais de 30 reproduções de itens históricos sobre o Corinthians

BÍBLIA DO CORINTIANO

Dia 9 de setembro nas livrarias

O clube da Fiel Torcida completa 100 anos em 2010.

Para comemorar, a Panda Books lança a “Bíblia do Corintiano”, de Celso Unzelte.

O lançamento reúne, num estojo, o livro, de 304 páginas em formato de Bíblia contando a história do Corinthians e ainda mais de 30 reproduções de documentos históricos:

- ata de reunião realizada em 1913;

- partitura do primeiro hino corintiano;

- diploma de campeão paulista do primeiro centenário da Independência do Brasil;

- jornais e revistas com as manchetes das grandes conquistas;

- ingressos da “invasão corintiana” no Maracanã, do histórico jogo contra a Ponte Preta da final do Paulista de 77, do primeiro título brasileiro de 1990 e do primeiro Mundial da FIFA em 2000;

- cartão de Natal de Vicente Matheus;

- cartão comemorativo do bicampeonato de 1951-52;

- diploma e programa da partida entre Masters do Corinthians e Corinthian-Casuals;

- cordel sobre os anos de jejum;

- foto autografada do goleiro Gilmar;

- cartão-postal do Parque São Jorge;

- retrato da equipe de 1910;

- flipbook com o gol histórico de Basílio;

- envelope com as assinaturas dos heróis do campeonato paulista de 77.

Custará R$ 160.

*Fonte: Blog do Juca

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

A FACE DA DESORDEM

POBREZA E ESTRATÉGIAS DE SOBREVIVÊNCIA
EM UMA CIDADE DE FRONTEIRA
(FOZ DO IGUAÇU/ 1964-1992)

Luiz Eduardo Catta*

A cidade de Foz do Iguaçu, localizada no extremo oeste
do Estado do Paraná, experimentou um rápido processo
de transformações entre os anos 1964, quando se
instaurou o regime militar no país, e 1992, momento este
em que as últimas comportas da maior usina hidrelétrica
do mundo entrou em funcionamento.
Buscando inserir aquela longínqua área ao território
nacional, bem como exercer absoluto controle sobre a
chamada “tríplice fronteira” (Brasil, Paraguai e
Argentina), os governos militares impuseram uma série
de projetos de modernidade, destacando-se a
construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu, a abertura e
fomento de um intenso comércio de fronteira com o
Paraguai e o apoio ao desenvolvimento do turismo.
Tais projetos causaram impactos profundos no
município, principalmente na área urbana que foi
remodelada segundo perspectivas eminentemente
técnicas, desconsiderando a população que lá vivia, bem
como atraiu milhares de pessoas que pensavam ali
encontrar emprego e melhor qualidade de vida. Este
trabalho busca mostrar a desordem instaurada em Foz do
Iguaçu, sobretudo a emergência de uma significativa
população pobre, que ocupará os espaços centrais da
cidade, adotando inúmeras estratégias para conseguir
sobreviver, ao mesmo tempo em que se apresentava como
“classe perigosa” para as camadas dominantes locais.

*Luiz Eduardo Catta:
Formado em História pela Universidade de São Paulo (USP). Doutor
em História Social pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e
Mestre em História do Brasil pela Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC).
Professor Adjunto de História do Brasil na Universidade Estadual do
Oeste do Paraná (UNIOESTE), leciona nos cursos de graduação e
pós-graduação no campus de Foz do Iguaçu, Paraná. Desenvolve
pesquisas na área de História Social, com destaque para as
populações de fronteira. Também aborda em seus trabalhos
questões relacionadas à cultura no Brasil e na América Latina.
É autor do livro “O Cotidiano de uma Fronteira: a perversidade da
modernidade” (Edunioeste, 2003).

Outrora medio-volante da Máquina, nas horas vagas, hoje, é maratonista e futebolista de fim de semana.

sábado, 14 de agosto de 2010

PORTUGUÊS PRÁTICO: ESCREVA CORRETAMENTE


O Centro de Documentação e Referência do Itaú Cultural convida para o lançamento do livro Português Prático: Escreva Corretamente, do professor João Jonas Veiga Sobral.

O livro, editado pela Iglu, é inteiramente dedicado à apresentação de situações comunicativas que geram dúvidas quanto à aplicação e adequação de uso. A obra não pretende esgotar todas as questões gramaticais, mas compartilhar com o consulente uma ferramenta de orientação e reflexão sobre o uso da língua.

João Jonas Veiga Sobral é professor de língua portuguesa há mais de 20 anos na rede particular de ensino. É professor e tutor educacional no Colégio Móbile. Leciona o módulo Anatomia da Prosa no curso de pós-graduação de Formação de Escritores na Escola Superior de Direito Constitucional. Colaborador articulista da revista Língua, da Editora Segmento. Autor de Redação para Todos, Redação Empresarial, Nossa Língua – Falando e Escrevendo Corretamente, Guia Prático de Conjugação e Concordância Verbal, todos pela Iglu Editora. Autor do módulo Revisão Gramatical pelo Sistema Uno (Editora Moderna). Coautor do volume 7 da Enciclopédia do Estudante – Redação e Comunicação (Editora Moderna). Palestrante em empresas e congressos de língua e educação e professor de gramática no Itaú Cultural desde 2008
Nas horas vagas, bate uma bola com o pessoal da Máquina

quarta-feira, 21 de julho de 2010

CHICO BUARQUE


FRANCISCO EM CAMPO

*Um texto imperdível do nosso amigo maquiniano, que também é professor de língua portuguesa, Tutor Educacional do Colégio Móbile e autor de Português Prático (Iglu Editora). http://revistalingua.uol.com.br/obraaberta/ObraAberta57.pdf

quarta-feira, 7 de julho de 2010

FUTEBOL E RACIONALIDADE

Por CLAUDIO WEBER ABRAMO*

A irracionalidade parece ser uma característica essencial do futebol.

Dificilmente alguém discordaria da afirmação caso fosse restrita ao futebol brasileiro, em relação ao qual os exemplos são permanentes. Tudo o que envolveu a seleção brasileira nos últimos quatro anos se explica quando se introduz o elemento da insanidade.

A maluquice começou com a nomeação de um treinador cuja única notoriedade residia no fato de ser um brucutu semialfabetizado (lembram-se da cabeçada que aplicou num jogador de sua própria equipe, em plena partida, num jogo da Copa de 1998?).

Permitir-se que um membro da comissão técnica escolha pessoas para exercer funções objetivas (como olheiro e chefe da segurança, conforme se noticiou) por conta de sua obediência a uma seita religiosa só pode ser resultado de doideira.

Igualmente insano foi admitir-se que o capitão da seleção brasileira, ao qual se conferiu a responsabilidade de ler um texto contra o racismo na abertura da partida contra a Holanda, enfiasse no final uma menção religiosa, como é típico dessa gente sempre disposta a enfiar suas crendices goela abaixo de todo mundo. Não consta que a CBF ou a FIFA tivessem tomado alguma providência a respeito da pirataria cometida.

Sob o ponto de vista estritamente futebolístico, o quê, além de parafusos soltos, poderia justificar a escolha de um jogador que não apenas havia sido eleito como o pior do campeonato italiano como também é conhecido por sua propensão a agredir adversários?

Mas não é só no Brasil que essas coisas ocorrem. Os argentinos, por exemplo, não ficam atrás. Não se conhecem os detalhes mais ridículos da irracionalidade que envolve ou envolveu a seleção argentina, mas se sabe que por lá impera um tal de Grondona, o Ricardo Teixeira portenho. Foi esse o sujeito que contratou Maradona, um alucinado conhecido. Esse sujeito, após convocar mais de cem candidatos, terminou com um time desprovido de defesa, tendo sido expeditamente despachado por causa disso.

Prova adicional que o futebol é mesmo algo inexplicável é que o “comandante” argentino, embora a equipe que montou tenha sido massacrada com humilhação, tenha sido recebido pelos torcedores como herói. Vai entender.

E os franceses, então? O técnico francês escolhia jogadores com base no horóscopo. Como é que pode? Na França!

Os ingleses, por seu turno, contrataram (por 6 milhões de libras por ano) um italiano que não fala inglês. Não contentes, assinaram com o camaradinha um contrato que os amarra até 2012.

A esta altura, o eventual leitor poderá objetar, com razão, mais ou menos na seguinte linha: não é possível que o futebol seja irracional, pois em torno dele giram negócios bilionários. A Copa do Mundo é um empreendimento altamente rentável. A FIFA, a CBF, as suas congêneres argentina, francesa, inglesa etc. se enchem de grana.

É isso, precisamente, que explica a aparente irracionalidade do futebol. Para os cartolas de um país qualquer, não tem a menor importância se o time é um lixo, se o treinador é um aventureiro ou se o jogador é um moleque. Interessa o negócio. Mesmo que a seleção nacional do país X seja eliminada (com ou sem vexame), se os negócios estiverem garantidos, tudo estará numa boa.

Como se trata de entidades privadas, os dirigentes de federações e confederações só prestam contas uns aos outros. Em outras palavras, não importa o que façam com a grana – uma mão lava a outra e estão todos conversados.

Melhor ainda é morder uma bufunfa pública. Os estádios da África do Sul, um país que não joga futebol, aí estão já a mofar.

Por aqui, pode-se ter certeza de que a cartolagem nacional está olhando a grana pública com olho gordo, para a adaptação (e mesmo construção, caso se confirme o aparente contrassenso do tal de Piritubão) de estádios para a Copa de 2014. Precisarão ser vigiados de pertíssimo.

De modo que ficar discutindo se o próximo técnico da seleção brasileira será Fulano ou Beltrano não tem realmente relevância.

*Claudio Weber Abramo
Diretor executivo/Executive Director
Transparência Brasil

DUNGA E MARADONA

Os opostos se atraem


domingo, 4 de julho de 2010

O SARGENTÃO E O HIPPIE VELHO



Deu no Blog do Paulo Moreira Leite*

Brasileiros e argentinos disputaram a Copa da África com dois estilos diferentes: era o Brasil do sargentão Dunga e a Argentina de Maradona, que parece um hippie velho com seu jeito irreverente e a disposição para fazer pequenas provocações.

Sofri demais com a derrota do Brasil, uma decepção proporcional a minha ingenuidade de acreditar que aquele time poderia ir muito longe.

Mesmo que o Brasil não tivesse tombado diante da Holanda, descontrolado sob comando de um técnico que pretendia ter tanto controle sobre os craques, até sobre o que se escrevia e se dizia sobre eles, talvez não tivéssemos muito o que recordar de uma seleção tão opaca, sem gosto e sem alegria.

Mas não posso deixar de lembrar de Maradona. Todos nós conhecemos a biografia de altos e baixos de Maradona. Não vou falar sobre a droga ou coisas parecidas. Espero que tenha se recuperado para valer. Mas concordo com alguns valores que ele assumiu na Copa. Acho que eles fariam bem ao futebol e a todos nós.

Num mundo onde a competição caminha para se transformar num valor absoluto, a irreverência de Maradona nos ajuda a recordar que o sucesso não é tudo na vida. Gostava de vê-lo dar embaixadas ao lado do banco dos reservas, nos jogos iniciais da Copa. Era uma demonstração de que futebol não é apenas negócio, profissão, dinheiro — mas também é uma grande brincadeira, um prazer. Também gosto de seu jeito de elogiar os jogadores, de colocar o talento em primeiro lugar.

A reação de Dunga à derrota foi fria, auto-centrada, de quem calcula o prejuízo. Maradona foi solidário.

Abraçou os jogadores, como se fosse chorar com eles. Passei o dia ouvindo crítica a Argentina e aos argentinos. Mas até uma balconista que passou os 90 minutos de Argentina e Alemanha falando mal de Maradona, de Messi, de Di Maria, e de outros que não sei o nome, foi obrigada a admitir, quando a TV exibiu as imagens de Maradona e o grupo de derrotados retirando-se do estádio:

–O Maradona abraçou os jogadores. O Dunga não fez isso.

Ambos foram derrotados e é possivel imaginar que os dois tenham sido equivalentes em seus defeitos. Mas tenho a impressão de que o hippie velho deixou mais histórias para contar.

*Jornalista desde os 17 anos, foi diretor de redação de ÉPOCA e do Diário de S. Paulo. Foi redator chefe da Veja, correspondente em Paris e em Washington.http://colunas.epoca.globo.com/paulomoreiraleite/category/geral/

A EUROCOPA NA ÁFRICA DO SUL


Em apenas 48 horas, a que era chamada de “Copa Mercosul”, virou “Copa Europa”.

São coisas do futebol.

E da Copa “África do Sul 2010”

quarta-feira, 30 de junho de 2010

quinta-feira, 24 de junho de 2010

QUEM VAI GANHAR A COPA?




Por Gilberto Loureiro*

O Brasil ganhou a copa do mundo em 1994. Antes disso, sua última conquista do título foi em 1970. Se você somar, 1970 + 1994 = 3964.

A Argentina ganhou a copa do mundo em 1986, antes em 1978. Somando, 1978 + 1986 = 3964.

Já a Alemanha ganhou a copa em 1990. Antes disso, foi em 1974. Somando 1990 + 1974 = 3964.

O Brasil ganhou a copa do mundo de 2002, e também foi o vencedor da copa de 1962. Conferindo: 1962 + 2002 = 3964.

Seguindo essa lógica, o ganhador da Copa de 2010 será o mesmo que em 1954. Somando: 1954 + 2010 = 3964.

E a Copa do Mundo em 1954 foi vencida pela Alemanha...

SERÁ ????

*Conhecido no âmbito maquiniano como "Jacaré", Gilberto Loureiro é, também, astrólogo, numerólogo e bruxo.