terça-feira, 5 de janeiro de 2010

CANETA REVERSA - II



Por Zé Lins
Da Redação do Blog da Máquina


Eis a seqüência do que ocorreu em 4 atos. O time do Odilon trocava bola no ataque e ao tentar atingir a meta adversária foi desarmado, permitindo um perigoso contra-ataque, abortado, como se verá adiante, por motivos de foro íntimo. Neste ponto, faz-se necessário dar uma noção do posicionamento dos personagens desta história para melhor se compreender o segundo ato.

Odilon, sem saber do que em breve iria lhe suceder, apoiava o ataque da equipe, pela lateral da quadra à direita do banco de reservas, na chamada faixa maldita, onde tudo que acontece assume proporções cósmicas. Beto Caneta (foto), como sempre, encontrava-se em seu habitat natural, isto é, contemplava o ataque adversário, com as mãos apoiadas na cintura, num dos 4 metros quadrados de que desfruta em cada uma das extremidades da linha divisória da quadra, apropriados por usucapião.

Quis o destino, aquele dia, que o sol estivesse forte, o que forçou The Bic a buscar um posicionamento estratégico, à sombra, na mesma lateral do Odilon, bem em frente da equipe de cronometragem e dos experientes analistas esportivos da MV.

Isso posto, acontece o segundo ato. A bola espirrada pela defesa chega, por obra do acaso, aos pés de Beto Caneta que, em vez de prontamente iniciar um contra-ataque fulminante, segue seus instintos e matreiramente aciona sua visão periscópica à busca de um incauto para lhe desferir o golpe preferido. Afinal, esta é a real natureza daquela criatura! Na qualidade de colaborador tenaz e solidário, Odilon já iniciara desenfreada e ingênua carreira na direção do adversário, para desarmá-lo. (Continua).

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